2021: O ano do Líder Colaborativo! Conseguirás ser escolhido?

As pessoas não se importam com o quanto você sabe até saberem o quanto você se importa - Theodore Roosevelt

Atualmente, o QE é um importante fator determinante do sucesso. Desempenha um papel tão vital como o QI, se não mais, tornando a força de trabalho muito mais empregável!

Todos nós testemunhámos em primeira mão o stress emocional, financeiro e físico que acompanhou a pandemia durante o último ano. Alguns de nós ainda estão a passar por isso. As empresas fecharam ou reduziram o seu número de efectivos e despediram centenas de trabalhadores. Os salários estão a ser congelados e os níveis de stress disparam! Toda a gente está no limite.

Com os desafios da vida a tornarem-se uma ocorrência diária, o QE tem feito uma diferença crítica nas nossas vidas. Tem impacto não só no nosso comportamento e nas nossas relações, mas também desempenha um papel significativo no desempenho geral e no sucesso da nossa empresa. Esta capacidade de auto-consciência e de autorregulação define a própria essência do QE - tal como proposto por Daniel Goleman - e, em última análise, apresenta-o como um passo integral para lidar com a crise, permitindo simultaneamente um ambiente de trabalho positivo e bem sucedido.

Como consultores de executive search, deparamo-nos com várias necessidades de talento executivo que estão atualmente a redefinir a liderança deste mundo pós-pandémico. Recentemente, trabalhámos numa tarefa em que fomos mandatados para contratar um chefe de grupo de análise para uma jovem empresa global progressista de mil milhões de dólares. A ênfase da função estava inteiramente no QE e na capacidade de orientar e fazer crescer uma equipa, em oposição ao conjunto de competências. Entrevistámos candidatos de organizações que atualmente lideram grandes equipas e o que se considerava um dado adquirido revelou-se um enorme desafio!

 A maioria dos líderes acredita que tem o QE, mas na realidade não tem muito para mostrar. Entrevistámos cerca de 40 candidatos para finalmente encontrar dois candidatos que preenchiam os critérios. A minha aprendizagem: embora a maioria dos líderes possua QE, muitos não conseguem exprimi-lo ou agir de acordo com ele.

 Como empresa de pesquisa, temos assistido a uma ênfase crescente num QE mais forte na liderança para desenvolver a confiança, o desempenho e o empenho dos funcionários numa organização. Eis algumas formas de iniciar o seu percurso de adaptação ao QE.

 É natural e pode ser cultivado - basta prestar atenção!

 - Em tempos de crise, a primeira coisa a ser afetada é a capacidade emocional. É aqui que entra a auto-consciência. Os líderes que conseguem identificar, observar e compreender as suas próprias emoções e opiniões são susceptíveis de influenciar positivamente as pessoas que os rodeiam no local de trabalho.

- A autorregulação é igualmente importante. Tomar as decisões correctas, especialmente em tempos de crise, deve ser considerado tendo em conta as nossas emoções. Ser impulsivo e estar tenso antes de tomar uma decisão é uma receita para o desastre. Manter a calma e a concentração!

- O otimismo é crucial em tempos de crise. Alcançar objectivos contra todas as probabilidades só é possível através do trabalho de equipa, que é proporcionalmente igual ao grau de motivação do líder e à forma como este consegue motivar a equipa.

- A empatia deve ser uma escolha intencional da liderança. As crises têm o potencial de causar imensos danos emocionais e psicológicos, deixando os funcionários vulneráveis. Seja sensível aos seus medos e dores, ouça com atenção, reconheça a gravidade do problema e ajude-os a ultrapassá-lo. Seja acessível! Isto pode ajudar muito a ganhar a confiança deles, conquistando assim a lealdade e o empenho da sua equipa.

- Construa uma cultura de transparência através da honestidade e adopte uma postura de colaboração com um ponto de vista equilibrado. Seja realista com os objectivos que estabelece, o que deixará a equipa à vontade e os motivará a superar-se!

- As competências interpessoais são da maior importância no mundo atual. A capacidade de negociar eficazmente, criar sinergias de grupo, confiar, enviar mensagens claras, resolver conflitos e criar laços pode ser a base do sucesso em muitos empreendimentos.

"Quando a consciência é trazida para uma emoção, o poder é trazido para a sua vida." - Tara Meyer Robson.

 Em conclusão, tudo o que eu diria é que o QE é uma competência que se aprende e que pode ser cultivada ao longo da vida. Nós, enquanto seres humanos, temos tendência a utilizar o aspeto racional ou emocional das nossas mentes, que são responsáveis por moldar o nosso futuro, o nosso sucesso, o nosso destino, por assim dizer. Os passos acima referidos podem ser apenas um mero começo para remodelar os nossos processos para uma forma de liderança colaborativa e motivada.